Mil Histórias
Ena! Este quadrado!
O Carlos filho da Dª Constança, com quem percorria estes telhados e tiravamos algumas telhas para atirar ao cão feio do João, primo do Carlos e que morava em frente dum largo mais espaçoso onde podíamos atirar as telhas sem medo de partir algo mais que o cão dele. A Dª Maria repreendia-nos sempre que isso acontecia mas lá fazia o jantar com o Sr. António que falava imenso ao jantar e que no fim, contra a vontade da Dª Maria nos dava whisky e dizia "Têm de começar a ter pelos no peito". Já a tia do Carlos só fazia jantares com animais que ia buscar à quinta da vizinha Adelaide, que tinha uma criação de muitos tipos de animais, e por lá passavamos uns finms de semana com o ZéTó, que apesar do nome namorava com a Ana Boa, minha vizinha e com quem depois de terminado o namoro ainda tive umas aventuras, mas não era homem para ela. casou-se com o Miguel da rua em frente dela, ligeiramente pedante mas que tinha um carro e no qual iamos fazer peões en frente da casa da Maria Antónia que atirava coisas pela janela para irmos embora. O marido Carlos estava sempre descontraido e pagava umas bjecas no café do Júlio.
Eu moro em todas estas casas, sou um retalho dos seus reflexos e das suas sombras, sou um puzzle encaixado à força, onde as peças não encaixam na perfeição.
Eu sou este quadrado.
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